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Meu filho tem 4 anos e não é nada simpático. Às vezes, quando alguém da família brinca, ele fica bravo, faz careta e fica gritando pára, pára. Não sei o que faço mais, pois ensino e falo pra ele que não precisa agir desse jeito, que as pessoas brincam com ele porque gostam dele. Por favor, me oriente. Débora Dolores

TZ: Nós pais, de tanto que amamos os filhos, intimamente temos o desejo de que eles sejam perfeitos... Ou, ao menos, que tenham nossas qualidades, nunca os defeitos. Queremos que eles nos superem, sejam melhores do que nós. E também que sejam muito amados  por todos. Então compreendo que é difícil para você, que parece ser sociável e amável, perceber que seu filho é diferente. Talvez ele não goste de se sentir “o centro das atenções”. Crianças da idade dele não têm ainda “freios sociais” como os adultos. Então demonstram claramente quando não estão querendo ou gostando de alguma coisa. O que você precisa ensinar a ele é civilidade. Não simpatia, mas ser polido.

Explicando melhor: ninguém precisa ser obrigatoriamente o mais agradável dos indivíduos. Mas terá que aprender a ser minimamente educado. Se a vovó o cumprimenta, ele tem que aprender a responder educadamente. Se receber um elogio de alguém tem que aprender a agradecer. E nisso ele pode mudar, ainda que seja de temperamento fechado. O trabalho de vocês deve ficar focado nesse objetivo: civilidade. Se esse jeito dele for um traço inato, provavelmente se tornará um adulto introvertido, voltado para o seu mundo interior, o que não é obrigatoriamente mau, apenas diferente. Mas podemos ser fechados e educados. Continue seu trabalho sem pressa, nem ansiedade lembre-se que nem todos são iguais, daí porque alguns são líderes, outros são engraçados, outros emocionantes e outros, mais calados e sérios. Desde que não sejam agressivos nem descorteses, nada demais.

Tenho uma filha de 2 anos e 7 meses, a Miquelina. Desde os 2 anos, ela mexe no umbigo, beliscando, puxando. Às vezes fica até vermelho, e já está estufado, pra fora. Já explicamos para ela que se mexer vai machucar, já brigamos, já ignoramos, mas não tem jeito. Quando coloco um curativo, ela não mexe. Mas é só tirar... Ela sabe que não pode cutucar, olha pra gente como se falasse "mamãe/papai, olha, vou mexer no umbigo, eu posso". O que fazer para que ela pare com esta mania? Stefânia Sgulmaro, mãe de Miquelina

TZ: Em primeiro lugar faça uma consulta com o pediatra (caso ainda não tenha abordado esse problema com ele). Antes de qualquer outra medida, é prudente verificar se não há algum problema físico. Talvez você não tenha abordado o problema do ponto de vista médico, de modo que o pediatra pode não ter examinado com mais atenção a região umbilical. Comunique com clareza o fato de ela mexer com frequência; e pergunte se esse fato poderia ter ocasionado o “estufado” a que você se referiu. Pode haver uma pequena hérnia umbilical ou alguma irritação na pele, um fungo, enfim vários problemas que podem ter gerado o impulso de puxar a pele, a ponto de irritar. Se o pediatra confirmar que não há nenhum problema, aí sim, e só depois disso, façam o seguinte: ignorem– e não por dias apenas. Mas atenção! Tanto você, como seu marido e as demais pessoas que convivem com ela, devem ter a mesma atitude. Provavelmente assim ela acabará abandonando o que parece já virou, além de hábito, uma forma de “chamar a atenção”.

O meu marido faleceu quando meu filho estava com 1 ano e 3 meses, hoje ele tem 2 anos e 7 meses. Ele começou a apresentar agitação aos 2 anos, nada está bom para ele, como devo explicar a ausência do pai? Eu tive um relacionamento que também não deu certo, e sinto que meu filho sente falta desta pessoa, às vezes, ele chora de soluçar de madrugada. Penso seriamente em não me relacionar com mais ninguém e continuar só, para que meu filho não sofra, caso não der certo. Me ajude! Sabrina Kito

TZ: Sei que parecerá duro para você ler isso, e de coração sinto que ambos tenham tido tal perda tão cedo. Mas, se pensar com mais distanciamento, verá que seu filho passou mais da metade da vidinha dele sem a presença do pai. E quando a teve, menor de um ano, era ainda muito bebê. Por isso considero mais provável que o choro da madrugada seja o mesmo que têm outras crianças a partir dos dois anos, idade a partir da qual frequentemente sofrem bastante com pesadelos.

Esses pesadelos decorrem da dificuldade de separar fantasia e realidade. Por exemplo: durante o dia viram um filminho e depois, à noite, sonham com o que viram e ficam com medo. Se for isso, acaba passando com o tempo. Se ele acordar chorando, e não parar em alguns minutos, vá até o berço, e sem acender as luzes nem falar alto, faça um carinho ou dê um beijinho e diga, bem suavemente “mamãe está aqui, está tudo bem”. E depois de poucos minutos, quando ele se acalmar, saia bem de mansinho. Ele deverá se acalmar e aprofundar o sono. Quanto a não se relacionar mais com ninguém, não considero boa ideia; nem para você, nem para seu filho. Deixe a vida seguir seu rumo, querida. Imagino que seja muito jovem. Tem todo direito de encontrar alguém e ser feliz. Se abrir mão da sua felicidade, ainda que você não pretenda agora, mais tarde, de alguma forma esperará que ele a compense por esse sacrifício no presente. E certamente se decepcionará. Viva sua vida, deixe as coisas acontecerem! Mas, atenção: uma boa medida é só trazer o namorado para casa se e quando a relação já tiver virado compromisso  para valer. Assim, se não der certo, seu filho nem ficará sabendo- e não terá que se desapegar nem começar novos contatos sempre. É um cuidado que vale muitíssimo a pena ter, até por razões de segurança. E não sofra mais do que a vida já lhe fez sofrer.

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