Veja como proteger seu filho sem atrapalhar o desenvolvimento e a autonomia dele.

Enquanto o bebê ainda fica no colo, é fácil controlá-lo. Mas, por volta de 1 ano, ele começa a dar os primeiros passinhos e aí... Tchau, tranquilidade. Basta uma bobeada para o pequeno correr, pegar coisas que não deve, subir no sofá... E aí, já viu: sua cabeça começa a imaginar ele tropeçando e batendo a testa na quina da mesa! Sim, é impossível não se preocupar  é por isso que você sempre deve ficar por perto para prevenir acidentes.

No entanto, se estiver vendo seu filho subindo no sofá e perceber que ele vai cair de uma altura que não oferece risco e em uma superfície macia, segure seu instinto maternal e deixe. “Não grite ‘Ai, coitadinho, se machucou?’, pois, se ele vir o seu rosto apavorado, vai se assustar e entender que tudo ao redor é muito perigoso”, diz a psicóloga Lídia Weber, coordenadora do Núcleo de Análise do Comportamento (NAC), da Universidade Federal do Paraná. E é esse tipo de reação que pode deixar a criança insegura e dependente.

Ela p-r-e-c-i-s-a vivenciar algumas situações para ganhar autoconfiança até porque você não vai estar disponível o tempo todo para protegê-la. Mas não se engane: isso não quer dizer que você pode deixar seu filho solto. Ele exige sempre a sua supervisão. “A criança deve explorar o meio com segurança, testar e descobrir limites para desenvolver recursos próprios de autoproteção”, diz Andréa Oliveira, pedagoga e orientadora educacional da rede de escolas Monte Castelo (SP). “Se for superprotegida, perde oportunidades de amadurecer, o que pode afetar sua autonomia.”

Mas qual é o melhor jeito de se precaver sem podar demais seu filho?

Conversando. Perto de 1 ano, a criança começa a compreender ordens simples e também entende quando alguém explica que algo é arriscado. “O problema é que se esquece disso rapidamente”, diz Renata Waksman, do Departamento de Segurança da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). E aí, não adianta brigar: o que funciona é repetir os conselhos muitas e muitas vezes (em geral, até a adolescência)... E jamais acredite que segurança se aprende na prática. “É absurdo dizer que a criança tem que se queimar para saber que o fogo faz mal”, conclui Renata. Para ajudar você a ensinar o que é ou não arriscado, elencamos as principais situações de perigo dentro e fora de casa e o que você pode fazer para proteger seu filho mas sem pânico!

Em casa

Zona de perigo: janelas e sacadas. 

A criança pode escalá-las e cair.
Como prevenir: coloque grades e/ou redes específicas nesses locais. Também não deixe móveis (como sofás, cadeiras ou mesas) perto deles.
É neura! Infelizmente, todo cuidado é pouco!

Zona de perigo: escadas.

Basta um passo em falso para a criança escorregar e se machucar nos degraus.
Como prevenir: instale um portão ou grade de segurança na parte de cima e de baixo da escada, até ela completar no mínimo 6 anos. Vale também segurar a mão da criança e ensiná-la  a subir e a descer se apoiando no corrimão ou sentando em cada degrau, por exemplo.
É neura! Só subir e descer com a criança no colo.

Zona de perigo: armários com produtos de limpeza ou medicamentos.

Seu filho pode engolir alguma substância e se intoxicar com ela.
Como prevenir: guarde esses itens em armários altos e trancados. E nunca coloque um produto de limpeza em garrafa de refrigerante ou suco, pois isso pode confundir ou, pior, atrair as crianças.
É neura! Todo cuidado é pouco!

Zona de perigo: tomadas e quinas.

Quando começar a dar os primeiros passos, seu filho vai explorar a casa ou se desequilibrar – nessa hora, você não vai querer uma quina ou tomada por perto.
Como prevenir: você pode até tampá-las com dispositivos específicos, que são encontrados em lojas para bebês. Mas também tem de explicar que ele não pode colocar a mão na tomada e que a quina machuca, porque nem todas as casas vão ter esses acessórios de segurança.
É neura: proteger absolutamente TODAS as quinas da sua casa (ou da dos avós!), até as de móveis altos ou de cômodos que seu filho não frequenta.

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