Nos Estados Unidos, pesquisa mostra que 25% das crianças apresentam o distúrbio. Descubra o que fazer diante dele

Ansiedade não é só coisa de adulto. As crianças também sofrem com ela quando ficam mais preocupadas com a projeção do futuro do que com o presente. Claro que é normal esperar pela festa de aniversário ou pela viagem para a praia. Mas, quando o frio na barriga dá lugar a uma sensação que começa a atrapalhar as atividades do dia a dia, é preciso atenção.

De acordo com o levantamento do National Institutes of Mental Health, uma organização americana científica focada em saúde mental, 25% das crianças dos Estados Unidos têm o distúrbio de ansiedade. No Brasil, estima-se que o número de crianças com o transtorno tenha crescido 60% entre 2001 e 2011, de acordo com o Centro de Atendimento e Pesquisa de Psiquiatria da Infância e Adolescência (Capia) da Santa Casa do Rio de Janeiro.

Diante dessa estatística, como, então, saber se seu filho tem o problema? A primeira dica é prestar atenção em alterações de comportamento: a criança pode ficar mais agressiva, desconcentrada ou insegura. Ela também pode não reagir bem à ideia de ficar sem os pais nem que seja por um curto período de tempo, como esperar que você vá até a padaria e volte. Na hora de dormir, sente muito medo de ficar sozinha no quarto e logo busca sua companhia. Se já estiver na idade escolar, o professor pode notar uma dificuldade de atenção da criança: ela quer levantar da carteira a todo momento, não termina os exercícios e não consegue acompanhar as explicações. Até na hora da brincadeira, a ansiedade pode se manifestar. Observe se o seu filho sabe esperar a vez durante um jogo de tabuleiro, por exemplo, ou se interrompe os amigos.

No caso do bebê que ainda não aprendeu a falar, é importante notar o comportamento dele na sua ausência se estiver ansioso, pode ficar mais choroso ou agitado. Quando você se aproxima, ele se acalma novamente.

Qual é o motivo de tanta ansiedade?

Os motivos que levam uma criança a ficar ansiosa variam, mas a rigidez na educação pode ser um fator já que o ambiente em que ela vive exerce papel importante nos quadros de ansiedade. Presenciar brigas ou ouvir comentários dos adultos sobre desemprego e problemas financeiros também pode desencadear o problema. Mas isso não significa que você deva deixá-la alienada do mundo. É só tomar cuidado e conversar sobre assuntos que sejam compatíveis à idade dela. "Vale lembrar que os pais não são os únicos responsáveis por deixar o filho ansioso. Existem outras questões próprias da criança, como personalidade e genética, que também influenciam", explica Melina Blanco Amarins, psicóloga da materno-infantil do Hospital Israelita Albert Einstein (SP). Nesse caso, é fundamental ouvir a opinião de um profissional.

Mas você pode, sim, ajudar o seu filho em momentos de ansiedade. Veja como:

  • Demonstre que ele não está sozinho. É importante que os pais ofereçam suporte e carinho
  • Converse com a criança e tente fazer com que ela expresse o que está sentindo
  • Se ele estiver comendo muito rápido, peça para que acompanhe o ritmo das outras pessoas e que mastigue bem
  • Estimule seu filho a fazer exercícios físicos. Eles relaxam e proporcionam prazer

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